foi apenas um dia.
um dos dias de um feriado inesquecível.
o ponto importante, no entanto, foram as conseqüências. é por isso e sobre isso que eu escrevo.
é isso que importa já que esse é o memento que estou vivendo-as.
devo dizer, com sinceridade que eu quero e não quero contar.
pra falar a verdade, eu PRECISO contar porque isso está me machucando, parece que tem uma serpente dentro de mim que a cada palavra, cada reação, me injeta um pouco de seu veneno; e esse veneno me faz ficar... não na pior, mas na mais decadente situação. esse veneno tira toda a minha honra.
mas também falando a verdade, eu não quero falar nada. talvez por vaidade, principalmente egoísmo; afinal, qual ser humano que gosta de admitir esses valores?
talvez eu até abandone esse "projeto", como todos, mas não custa tentar.
era um domingo, véspera de feriado. minha mãe tinha ido viajar e levou com ela minha gata, minha cachorra e minha avó. eu e meu irmão estavamos completamente sozinhos. e venhamos e convenhamos, o que mais um adolescente pensaria em um caso desses? eram 4 dias e 3 noites, ninguém desejaria mais! ficou decidido então que a primeira noite seria dos dois, a segunda seria minha e a terceira seria do júlio.
no primeiro dia, das oito pessoas que viriam, vieram 18. foi uma coisa bem tranquila, um pouco de video game e jogo do brasil. yuri estava lá com os amigos.
yuri era meu namorado mês passado e nos últimos dez meses, foi o único que não me traiu dos três namorados que tive. foi o melhor, o mais compreensivo, mas ele estudava de manhã, eu de tarde e ele trabalhava de noite. o amor foi se esvaindo aos poucos, não foi culpa dele; apenas chegou uma hora em que eu percebi que o nosso namoro era mantido pela amizade, eu não queria isso.
apesar de tudo, continuamos sendo amigos.
a terceira noite, cabe ao meu irmão contar, não vou entrar em detalhes, tanto por que estava com sono e cansada demais para me lembrar de alguma coisa. eu lembro apenas que tinham muitos homens, apenas eu de mulher e bebida. no dia seguinte, descobri que eles tinham quebrado a parede, mas isso são outros quinhentos.
a segunda noite é a importante. é a que eu me envergonho e ao mesmo tempo, agradeço por ter acontecido. é a noite que vai dar origem a toda história, que vai explicar tudo, que vai lembrar do passado, vai descrever o presente e presumir o futuro. foi de fato uma noite importante para a minha vida inteira.
marquei com todo o pessoal para que chegassem entre oito e oito e meia da noite. às nove horas, o porteiro me interfona:
- marina, tem um pessoal aqui com umas bicicletas...
- ah, sim! manda eles subirem. as bicicletas não dá pra colocar em um canto?
- marina, são MUITAS bicicletas.
e então eu desci com o intuito de abrir a garagem. quando me dei conta, sim, eram muitas bicicletas mas tinha MUITO MAIS GENTE. na teoria, 20 pessoas não parece tanto assim, mas quando você tenta colocar tanta gente em seu apartamento, bom, aí o bicho pega.
e não era só a questão de ter muita gente, mas o problema é que chegou todo mundo junto! isso sim foi o que me surpreendeu.
quando todos subiram e ficaram a vontade, contei que, como todos sabiam, iamos comprar tequila e vodka. chamei um pessoal, arrecadei o dinheiro e fui. amanda, minha melhor amiga ficou responsável por cuidar da casa enquanto eu estivesse fora, já que meu irmão ia para outra tequilada.
pra falar a verdade, eu não tenho idéia do que aconteceu quando estavamos fora, mas no supermercado mais perto não tinha tequila, fomos para o supermercado do lado do shopping, longe, mas pelo menos esse TINHA que ter.
estávamos certos... em partes; queríamos tequila ouro mas só tinha a prata, decidimos levar a mesma já que não tinhamos escolha. o problema é que acho que todas as pessoas de santos decidiram fazer compras naquele dia. a fila (do caixa rápido também) estavam extremamente GRANDES. voltamos para casa por volta das dez e meia.
quando chegamos, tentei fazer com que reduzissem o tom de voz, coisa que era inutil, mas não custava tentar e se os vizinhos reclamassem, eu diria que era uma festa de aniversário e para eles terem paciência já que só acontece uma vez ao ano.
a bebedeira não começou logo que chegamos. primeiro cortamos os limões, deixamos tudo em ordem e aí sim começamos a beber;
nessa hora, devo dizer que fiquei meio chateada, já que aconteceu tudo muito depressa e ninguém esperou ninguém e coisa e tal. eu achava que ia ter o ritual da tequila na primeira dose, mas isso não aconteceu. isso foi ignorado e logo seguimos em frente. as duas garrafas de tequila acabaram em um passe de mágica assim como os copos descartáveis (isso significava que teria louça para eu lavar no dia seguinte). enquanto todos bebiam tequila, eu tentava, na melhor forma possível fazer uma bebida que eu apelidei de "marininha" que foi inútil, já que eu estava tão louca quanto eles e acabou não saindo muito bom.
wesley e gabriel, que não bebiam foram embora cedo, antes de começarmos a jogar. digo jogar porque logo veio a idéia "BRILHANTE" de jogarmos "eu nunca...". começamos a jogar e logo fomos bebendo mais. o problema é que lá tinha gente que não bebia há muito tempo então.. não sabia seus limites. erick acabou com a graça da festa com seu PT. não que tenha sido culpa dele, na verdade, o climax da festa foi aí, já que a amanda começou a ter um ataque pois ninguém deixava-a ver o erick. logo a ausência de wesley e gabriel foram substituídas pela presença de silvia e raíssa, que chegaram em.. uma péssima hora, devo dizer. todos os que não estavam envolvidos, ficaram em um quarto jogando porco, bom, alguém tinha que se divertir. felipe estava tentando acalmar a amanda que continuava dando seus ataques. a barulheira estava alta e eu ainda estava bêbada, fiquei desesperada, fingindo que limpava a casa, sendo que, na verdade, estava procurando um cigarro. após admitir isso pra todos, fui comprar. eu sei que muita gente ficou decepcionada comigo, mas era só assim que eu ia me acalmar naquela hora. eu sabia disso.
enquanto eu fumava, raphael estava comigo, me fazendo relaxar, isso foi muito bom, porque eu estava com o peso daquele fiasco nas costas sendo que eu havia chamado todo o pessoal e tinha dado a idéia da bebida. claro que todos ficavam me contrariando, mas naquela hora, eu já não estava ouvindo ninguem.
depois daquele momento, tirei todas as fronhas do meu colchão, coloquei duas bacias do lado e colocamos o erick pra dormir. ele dormiu bem e a noite inteira. pelo menos isso.
meu irmão me ligou naquela hora pra perguntar se três amigos dele podiam dormir em casa.
- você só pode tá brincando! já vão dormir 5 ou 6 pessoas aqui!
- eu posso dormir aí?
- júlio, essa é sua casa, é claro que você pode dormir aqui. tu deu PT?
- dei, tô mal
- vão te trazer aqui?
- vão!
- então tá.
- beijo sis.
bom, meu irmão estava bem. bebado, mas bem. fui fumar outro cigarro e felipe me pediu para não fumar, disse que também fumava e que sabia como estava me sentindo.
se ele fumava, ele sabia que a pior coisa naquele momento era me segurar, não me deixar pegar e sentir o cheiro de tabaco. a pior coisa que podem fazer com um viciado, é tirar-lhe o vício.
ele disse que a amanda pediu pra que ele cuidasse de mim.
eu não precisava ser cuidada! ela estava dando um ataque porque queria ver o erick vomitado e o erick não queria, eu é que precisava de ajuda? eu estava bem, era só por um cigarro na minha mãe que eu ficava MUITO bem.
ele insistiu.
então apareceu a amanda, ela me levou para a área e me deixou fumar, na frente dela, coisa que ela não faria normalmente.
ela quis conversar comigo sobre isso, eu lhe disse que isso sempre acontecia e que eu não falava por medo da reação dela. ela ficaria brava, ia jogar meus cigarros fora, etc.
ela disse que doía em seu coração me ver naquele estado e que faria de tudo para me ajudar, tudo que fosse possível.
eu amo a amanda. ela é e sempre foi a melhor amiga que eu podia ter.
depois disso, fiquei calma. se quis fumar de novo? quis. mas segurei minha vontade limpando a casa.
enquanto erick dormia, jogamos video game, presidente e conversamos: a festa estava começando a ficar boa.
ainda tinha um garrafa inteira de vodka, mas ninguem mais pensou nisso.
já eram quatro e meia ou cinco horas da manhã quando caio, giovanni e diego disseram que iam embora.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quando você for fazer alguma coisa, tenha certeza.
o mínimo que qualquer um pode fazer é ser convicto.
o dever é saber o que quer, o resto é consequência.
quando for fazer alguma coisa, leve em conta principalmente os contras..
porque com os prós você pode machucar as pessoas
e ninguem se magoa sozinho.
por isso, em respeito ao outro
pense no próximo na hora certa
porque depois nem adianta chorar pelo leite derramado.
e muito menos, chorar porque você ajudou o outro a derramar o leite.
(essa foi a pior metáfora que eu já fiz)
o mínimo que qualquer um pode fazer é ser convicto.
o dever é saber o que quer, o resto é consequência.
quando for fazer alguma coisa, leve em conta principalmente os contras..
porque com os prós você pode machucar as pessoas
e ninguem se magoa sozinho.
por isso, em respeito ao outro
pense no próximo na hora certa
porque depois nem adianta chorar pelo leite derramado.
e muito menos, chorar porque você ajudou o outro a derramar o leite.
(essa foi a pior metáfora que eu já fiz)
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